PESSOAS INSPIRADORAS - CAMILA FRUTUOSO
Camila
Frutuoso é mais do que
uma linda escritora, que nos encanta em cada palavra. É uma amiga que a
literatura me deu. Traz em cada texto um pouco dela, de sua vivência,
de seu olhar tão lírico sobre o mundo. Seu livro, "Nós e
o Tempo", fala de amor, de perdas, de cura. Fala da vida.
Trago
hoje, nessa coluna que tanto amo, um pouco dela, para que conheçam e se
encantem com essa mulher maravilhosa, assim como eu. Desafio vocês a não
quererem também ser amigos dela, ao final da entrevista.
Obrigada
querida Camila!
1) Se você tivesse que
escolher de 1 a 3 livros que mudaram a sua vida, aqueles que você não vive sem,
que daria de presente sempre que pudesse, quais seriam?
O Pequeno Príncipe é o meu livro favorito. Ele mudou
a minha percepção da vida. É belo você entender que a vida tem os seus altos e
baixos, mas que no fim, você sempre vai retornar ao sentimento mais precioso
que há: o amor. Gostaria que todas as pessoas do mundo
tivessem a oportunidade de ler.
Minha segunda escolha sempre vai
ser Alice no País das Maravilhas, sendo o coelho o meu personagem
favorito. Tenho uma relação com o tempo que ultrapassa tempo e espaço, o
coelho, mais do que ninguém, me entende e me abraça com as palavras.
2) Qual foi o
ensinamento/crença/aprendizado que mais mudou sua vida nos últimos anos?
As coisas nem sempre serão como eu
quero, ou como planejo. Cada um tem o seu tempo, e está tudo bem.
3) Quando e como você soube o que
queria fazer da vida? Quando descobriu seu propósito?
Não tenho lembrança de um dia de vida
em que eu não quis ser jornalista. Quando criança, entrevistava os brinquedos,
meu passa tempo favorito era investigar as coisas ao máximo. Sempre fui
detalhista e curiosa demais. E sempre amei os livros e a escrita, acho que está
no meu DNA, não consigo explicar de outra forma.
4) Como é seu processo criativo (ou de
trabalho)? Você é metódico com o que faz, ou deixa as coisas fluírem
espontaneamente?
Meu processo criativo é complexo e
temos um relacionamento abusivo (risos nervosos). Aos 21 anos precisei lidar
com a depressão, nunca consegui expressar o que sentia e precisei fazer um
tratamento para lidar com tantos sentimentos de intensidade exagerada. Passei a
escrever o que sentia e levava nas consultas com a psicóloga. E assim segue o
meu processo criativo: pego o celular ou meu bloco (sim, uso papel e caneta) e
escrevo tudo o que eu estou sentindo. Meus sentimentos sãos meus textos.
5) Quando você está exaurido/sem
foco/sem inspiração, o que você faz?
Vejo vídeos no Facebook de doguinhos. É
a minha realidade gente! Isso me acalma e minha mente volta a ser
produtiva.
6) Quais (ou quem) são suas maiores
influências/inspirações?
Tenho uma paixão gigante pelo Lewis
Carroll.
7) Qual foi o processo de criação de
seu livro? O que você tira de positivo e de negativo dessa experiência?
Não sou o tipo de pessoa que acredita
fielmente em relacionamento sério. Acredito no comprometimento e defendo as
relações livre de status, desde que sejam respeitosas. Se você ama a pessoa,
qual o problema? Em outubro de 2016 eu conheci o Diego, posso dizer que foi um
amor épico, estilo filme-água-com-açúcar. Durante os 9 meses seguintes nos
relacionamos, foi incrível. Escrevi textos durante todo esse tempo. O Diego
simplesmente sumiu da minha vida, sem ao menos me dar adeus. Acho que consumida
pela raiva, reuni todos os textos e mandei para editora. Já que eu não
conseguiria uma conversa adequada, talvez um dia ele pudesse ler o livro e
saber tudo o que senti, como me senti e o quanto doeu. Acabei ganhando dinheiro
com isso (risos)
8) Quais seus próximos projetos?
Eu estou escrevendo o meu segundo
livro, é uma romance e se chama À Moda Antiga. Tenho planos de lançar ainda
este ano e é baseado em fatos reais (a história dos meus avós). Me
aguardem.
9) Se você tivesse que deixar uma
mensagem para quem está lendo, qual seria?
O trecho de uma música dos Los Hermanos
é como se fosse o meu mantra: ter fé e ver coragem no amor. O importante é
fazer o que você ama, sempre haverá frustrações, desânimo e tristeza, mas tudo
fica mais interessante quando você coloca amor no que faz. A gente não pode
perder a fé em quem somos, e se perder pelo caminho é normal. O importante é
como lidamos com isso e transformamos tudo ao nosso redor. Transformação é a
palavra que eu mais gosto, e se mudar é um ato constante de
amadurecimento.
Espero que tenham se inspirado, eu com certeza me inspirei!
Para mais da Camila:
Até a próxima queridos! ❤
Amei! Sincera e apaixonante!
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