PESSOAS INSPIRADORAS - VANESSA SALVADOR
Vanessa Salvador exala poesia em cada poro. Escreve com sensibilidade, amor e uma delicadeza que nos faz suspirar. Além de ser uma amiga, uma pessoa cheia de luz, que inspira, incentiva e apoia, assim como nos encanta com cada texto, cada expressão poética.
Com vocês, trago com muito orgulho e honra, um pouco dela nesta linda coluna. Tenho certeza de que irão se inspirar :)
1) Se você tivesse que
escolher de 1 a 3 livros que mudaram a sua vida, aqueles que você não vive sem,
que daria de presente sempre que pudesse, quais seriam?
Livros que me fazem crer
na humanidade de pessoas do bem, que demonstram que não importa as adversidades
sempre há uma forma de transformar o que acontece de pior em algo bonito que
pode mudar a vida e a percepção de todos a sua volta.
Um é O Menino dos
Fantoches de Varsóvia, da Eva Weaver. É uma história tão
linda.
O outro é da Lucinha
Araújo, Só As Mães São felizes. Ensina sobre o amor e como lidar com
a dor. É transformador.
Tem o livro de Gary
Chapman, As 5 linguagens do amor, que nos faz ver o quanto cobramos
do outro que nos ame da mesma forma como queremos ser amados e esquecer que
cada um ama a seu modo, quando compreendermos isso, podemos curar um
relacionamento há tempos desgastado (de pais e filhos inclusive, não apenas
casais) antes eu não entendia muitas
atitudes na forma de amar de algumas pessoas, hoje me sinto mais preparada para
amar e receber amor de uma maneira satisfatória. Tenho no tablet, vez por outra
releio algumas páginas. Acho que é meio tipo uma bíblia do amor.
Pode um bônus? Hehehe...
É que tem um livrinho
tão significativo A pequena Alma e o Sol, de Neale Donald Walsch,
pode ser facilmente encontrado na internet para download, é uma história muito
curta, mas que nos abre a mente para compreender o significado de cada uma das
pessoas que participaram das nossas vidas, não importa por quanto tempo elas
tenham permanecido. E nos ajudar a perdoar, se for o caso.
2) Qual foi o
ensinamento/crença/aprendizado que mais mudou sua vida nos últimos anos?
Menina, essa pergunta quase
me fez chorar, porque eu vi diante dos meus olhos toda a trajetória da
transformação pela qual estive passando nos últimos meses, todo o aprendizado
que venho construindo dentro de mim, as certezas e crenças que tenho abandonado
aos baldes, muitas vezes de lágrimas, de muita energia que transborda. Sou uma
pessoa muito intensa, que chora e sorri demais, porque sente na carne, nos
ossos tudo com muita fúria, e por isso sofre. Vivo muito intensamente cada
sensação que transcorre no meu íntimo. Inclusive o amor, as paixões, me entrego
fortemente às relações. E é exatamente nisso que venho trabalhando de uns
tempos para cá. Aprendendo a equilibrar o que sinto, com o que me vem de
retorno. E isso nada tem a ver com deixar de ser intensa, muito pelo contrário.
Isso não se muda, porque está na essência. Mas mudar os padrões de
comportamento nos quais eu me via apenas dando tudo que tinha e isso me exauria
as energias, num determinado ponto eu não tinha mais nada. É complicado, porque
o corpo logo dá os sinais.
Continuo não sabendo fingir, não sei ser morna,
gosto de pessoas claras, autenticas, que não tem medo de expor seus
pensamentos, que não ficam medindo tudo que você fala com uma régua (você sabe
que para a gente que escreve isso é quase um cântico..né..rs) pessoas esquecem
de que somos humanos, erramos, mas estamos dispostos a mudar, isso faz toda a
diferença. Mudo o tempo todo e sei que sempre para melhor, porque tento ver o
lado bom em tudo, quando simplesmente não consigo mais ver um lado bom para mim,
aí então a única solução é me afastar. Gosto do crescimento, de pessoas que
agregam no teu crescer. Tem gente que simplesmente não entende, não quer mudar
para não sair da zona de conforto, ou para não dar o braço a torcer de que
ainda tem muito que aprender, gente que além de não querer, ainda te paralisa
subtraída por crenças limitantes e nesse caso o melhor que temos a fazer, é
deixar o nosso exemplo e ir embora. Longe de nós, muitas vezes é quando vamos
dar a oportunidade para o crescimento, assim como buscarmos o nosso. E como sou
uma pessoa que almeja muito crescer, incessantemente, é inevitável abandonar
velhos vícios, deixando para trás formas de pensar.
Todas as minhas crenças
estão embasadas no autoconhecimento. Acredito num poder divino que nos rege sim,
num ser superior, em anjos, seres iluminados, mas nos últimos tempos, tenho
sido muito fortemente guiada a confiar demais na minha intuição. Coisa que
sempre soube estar ali. Mas que só de uns tempos para cá é que tenho levado
mais a sério, conseguindo sintonizar com uma conexão mais limpa, através de
muita meditação.
3) Quando e como você
soube o que queria fazer da vida? Quando descobriu seu propósito?
Na verdade, não sei
exatamente se conheci o meu propósito ou se ainda estou flertando com ele
(hehehehehe) porque eu desejo fazer tanta coisa, que acho que preciso de três
vidas para concluir metade de tudo que almejo. Mas sempre soube que tinha que
fazer alguma coisa pela educação. Esse tema esteve na minha vida desde as
raízes, fui criada no seio de uma família de educadoras, minha mãe e tias
sempre dando o exemplo, e as que não a seu modo também. Então, ser educadora e
feminista meio que está no meu sangue, mas não de um modo radical e sim muito
consciente.
Já educar quanto à arte
é um desafio imenso, porque antes de mais nada precisamos fazer com que os
educandos aceitem e respeitem os diferentes estilos artísticos lidando com as
mais variadas críticas. É preciso ter equilíbrio para ser imparcial nessa hora.
Pois nem todo mundo aprecia a arte da mesma forma.
Quanto à poesia, sempre
me imaginei escrevendo livros de romance, agora a poesia foi uma grande
surpresa quando aflorou em mim, tanto que demorei para aceitar que as escrevia.
Sempre quis uma ferramenta que me permitisse chegar a qualquer lugar do mundo
através do que escrevo e o Instagram nos oferece isso. Os livros também, mas
estes ainda estão no tempo de preparo, com exceção do que lancei ano passado
(mais como uma tarefa a ser cumprida, do que qualquer outra coisa) e por isso
mesmo está apenas no formato e-book pela Amazon. Gostaria muito de lançar este
ano no formato em papel, é um projeto que está em andamento.
Lembro que há alguns
anos enquanto escrevia o meu primeiro livro, me questionava se algum dia seria
como a personagem (segundo as más línguas o meu alter ego) fazia perguntas
como: “será que um dia meu filho vai ter orgulho de mim assim, será que meus
pais vão ter aquele sentimento de que fizeram a coisa certa, será que “eu” vou me
orgulhar de mim mesma, pelas conquistas, por tudo que construí na vida?
Andei recordando
esses questionamentos e pude perceber o quanto sou grata por tudo que tenho,
pelo que sou e em quem tenho me transformado. Tenho plena certeza de que todos
a minha volta também estão satisfeitos com quem sou para eles. E sim, o meu
filho não apenas se orgulha, como também tem participado ativamente na própria
vida se mostrando crítico e maduro o que me faz ter mais certeza disso, porque
nossos filhos são nosso reflexo. E quem quiser agregar será sempre bem-vindo.
Poderia resumir tudo
isso dizendo que meu grande propósito sempre foi o de ser honesta, comigo e com
as pessoas a minha volta. Assumir sem medos quem e como eu sou de verdade.
Então, me sinto realizada e no caminho certo.
4) Como é seu
processo criativo (ou de trabalho)? Você é metódico com o que faz, ou deixa as
coisas fluírem espontaneamente?
Com os meus escritos
sou completamente espontânea. Já aconteceu de acordar às quatro horas da manhã
e escrever sem parar um monte de fragmentos de poemas sobre arte por exemplo (a
propósito, quero lançar um livro só sobre eles). A maioria das coisas que
escrevo, são inspiradas por uma sensação muito boa que toma conta do meu peito,
então as vou escrevendo, captando e aprimorando com o tempo. Outras vêm através
de fotografia, eu tenho insights muito bons com imagem. Eu fico muito admirada
quando alguns escritores dizem que escrever para eles é um ato de tortura,
porque para mim é a libertação, é o expurgo da minha alma. Não saberia
expressar de outro modo.
No meu trabalho como
Educadora de Arte, eu preciso ser mais consciente, estudo e faço muita pesquisa
antes de apresentar um conteúdo para que além de agradável, seja adequado a
cada faixa etária. E ter uma didática que se construa com a interação entre
todos os envolvidos. Existe um planejamento, laboratório de materiais, testes,
adequação de espaço, influencias climáticas. Coisas normais na vida de um
educador. Existe um cronograma a seguir e habilidades que precisamos alcançar.
Minha maior satisfação é dar aulas digamos a uma turma da pré-escola (com
crianças entre 4 e 6 anos) num determinado dia da semana sobre digamos o Alfredo
Volpi, e quando retornar na semana seguinte eles saberem dizer exatamente o
nome do artista dando referencias visuais de sua arte como as formas
geométricas ou bandeirinhas, pois isso quer dizer que fui bem-sucedida na minha
dinâmica.
5) Quando você está
exaurido/sem foco/sem inspiração, o que você faz?
Medito ouvindo boa
música. Tento dormir mais que o normal, porque sempre renova minhas energias,
sou o tipo de pessoa que cansa, se esgota mesmo com facilidade, talvez porque
também se doa demais quando está focada em alguma coisa, num projeto. Então não
hesito em tirar um cochilo se o momento exigir e a vida permitir é claro.
O
foco busco geralmente na minha intuição. Sempre ajuda. A inspiração é na arte,
uma boa xícara de chá ou café. Bebo muita água também, pode parecer clichê, mas
às vezes um copo de água expande a mente. Ler bons livros, ou conteúdo de
qualidade nem chega ser uma inspiração, é praticamente um mantra, então nem
conta. A única coisa que eu faço, é estar sempre lendo vários livros ao mesmo
tempo. Sei que a maioria irá dizer que isso não é adequado. Mas é o que funciona
para mim. Consigo absorver melhor por exemplo uma crônica sua, se a ler hoje e
ficar pensando sobre ela, ou ir ver o filme do qual se trata. Do que se ler
várias e me perder. Então, leio muita coisa, aos poucos. Tem livros que talvez
eu nunca termine de ler.
6) Quais (ou quem)
são suas maiores influências/inspirações?
Bom acho que uma
pessoa que tem sangue de bugre correndo nas veias, não poderia jamais deixar de
citar Ângela Davis e Shonda Rhimes.
Essas duas mulheres na minha opinião,
realmente fazem o universo não apenas parecer igualitário, elas transformam o
mundo nesse estado. Na condição natural do existir de todas as classes, raças,
religião, sem distinção. A maioria das pessoas faz questão de enaltecer sua
ancestralidade com base na riqueza, nas posses da cultura e do legado europeu, mas
tenho orgulho de ser uma pessoa de raízes simples, porém que sempre deu imenso
valor a boa educação (no sentido amplo da palavra), nossa riqueza sempre esteve
na afeição, no exemplo, nas coisas naturais da vida.
Minha maior referência é a
família e as relações que construímos a partir disso, com base nessa natureza
orgânica. Afora isso, gosto muito dos poemas do Brunno Leal. Para mim, ele é um
dos melhores poetas da atualidade, não fosse por ter esbarrado com os poemas
dele talvez não tivesse tentado escrever os meus.
Gosto muito da Clarice Lispector,
mas as coisas que ela escreve me deixam meio “abalada” por alguns minutos, ela
é difícil. Igual Fernando Pessoa, encarnado em Bernardo Soares. Agora quando
ele fala sobre o vento, ganha toda a minha alma. Me inspiro nas coisas da vida.
Gosto de coisas que causam. Tudo que causa emoção. Por isso a arte me
transporta. Pela emoção que me causa.
Logo que comecei a estudar Arte, me
aprofundei em Leonardo Da Vinci e isso para mim serviu de grande inspiração, no
sentido até de autoconhecimento, porque eu achava que jamais conseguiria
terminar alguma coisa, antes de conhecer a obra dele, afinal uma pessoa que
gosta de fazer muitas coisas, meio que acaba sendo malvista como se fosse incapaz
de fazer direito qualquer uma delas. Mas ele veio ao mundo para provar que não
apenas pode fazer com excelência, como também zombar de quem não acreditou no
seu potencial humano. Dificilmente haverá um outro Da Vinci, a fazer tantas
coisas incríveis, mas me conformo com a ideia de que sei que posso terminar
qualquer coisa que me proponha a fazer. Desde que esteja focada a concluir. Quanto
ao resultado a mim o que importa é que me sinta satisfeita no fim, que sinta
que cumpri meu papel.
7) Qual foi o
processo de criação de seu livro? O que você tira de positivo e de negativo
dessa experiência?
Bem, a princípio
era para ser um projeto de 54 dias, onde eu escreveria uma carta por dia e ao
final teria as cinquentas e quatro, mais a conclusão. Foi meio que um exercício
a que me impus, com o intuito de cumprir todos os dias sem deixar de escrever.
E assim eu tinha tempo de publicar no prazo que eu estabeleci. Mas é claro que
devido muitos fatores, houve dias em que eu não consegui escrever uma linha
(..rs), mas em compensação em outros, enchi a caixa de rascunhos do e-mail com
até sete cartas escritas uma atrás das outras, sem parar madrugada a dentro.
Ano passado foi um ano em que trabalhei muito, por isso em algumas noites
estava tão cansada que a última coisa que conseguiria fazer era escrever.
Porém, sempre havia uma voz aqui dentro me cobrando de uma forma acolhedora,
que me incentivava mais que qualquer outra coisa no mundo, dizendo “calma, não
desista, você vai conseguir, só mais algumas, vai dar conta, tenha fé em si
mesma, vai chegar lá”. E foi assim, realmente o terminei em cima do laço e não
tive nem tempo de o revisar como devo.
Conversei recentemente com um amigo, que
vai fazer as devidas correções e assim o deixar de acordo com as normas para
poder publicar como se deve. De qualquer forma, tenho muito orgulho dele,
porque foge completamente ao meu estilo usual. Me diverti bastante escrevendo,
me emocionei em alguns momentos. Foi interessante ver os personagens se construindo
a cada carta. Afinal, eu não fazia ideia do que ia acontecer, foi uma enorme
surpresa mesmo no fim. Não aconteceu como uma das histórias que construo e sei
onde quero chegar, mas ainda preciso encontrar um meio. Neste não, foi tudo
instintivo mesmo.
8) Quais seus
próximos projetos?
Tenho o Infinitas
Mulheres, que é um projeto antigo, mas que está sempre na minha cabeça, pedindo
“vem cuidar de mim” (me ajuda Carol..hehehe...) E que agora se Deus quiser, vai
acontecer.
Faz um ano que tenho meio que um projeto de entrevistar artistas
mulheres, ou homens que trabalhem com a sensibilidade feminina aguçada a sua
arte. Mas preciso colocar em prática, e fico postergando. Porque é como eu
disse, ninguém constrói um grande projeto sozinho, precisamos de pessoas
realmente engajadas. O que eu quero para o Infinitas Mulheres, é divulgar a
arte e a expressão feminina. Mas quando convido os meninos a se juntar a este
projeto, por exemplo, eles ainda o veem com certa resistência, com exceção do
Adriel, do @puraapoesia que foi um querido, recebeu muito bem o convite, até
participou por um tempo, a maioria não compreende que meu intuito não é apenas
o de falar de mulheres, não é voltado só para elas, mas sim o de conscientizar
quanto as nossas obrigações enquanto humanos, pois todos temos o direito à
vida, como diria a Louise Hay, “uma boa vida”, direito a arte e cultura,
ao respeito, a educação, direito de expressar o que sentimos, ainda que não
tenhamos a mesma opinião.
Acredito que todos possuímos um lado mais frágil,
gostaria de auxiliar as pessoas na compreensão de si mesmas e do outro. Todos
deviam assumir seu lado frágil, que não necessariamente está ligado ao feminino
ou masculino. Mas infelizmente estamos lidando com uma sociedade de
“parapsicólogos” ou “para-eu-sou-psicólogo!” não treinados, que estão incutindo
crenças narcisistas na cabeça das pessoas, sem o menor conhecimento. Fazendo
confundir amor-próprio, com ignorância, arrogância, ensinando a tratar mal o
outro, na ilusão de que assim vai encontrar uma forma de ser bem tratado. Não
sei de onde foi que surgiu essa crença doentia, mas com certeza não tem como
dar certo. Precisamos parar imediatamente com essa distribuição de “fake News
do amor-próprio”. Sempre digo nos meus escritos, “gente, não tenho o menor
conhecimento sobre a mente humana, por favor, não me peçam conselhos. Tudo que
eu posso fazer é dar meu exemplo e deixar que cada um siga aquilo que acredita
ser o melhor para si, eu só trago minhas próprias verdades e poesia”.
Tenho alguns outros
projetos, inclusive ir tomar um café com minha amiga querida Carolina Cavalcanti
Pedrosa, qualquer hora dessas. E escrevo duas histórias, que estão no meio do
caminho, uma já está praticamente pronta, só precisa revisar pela milésima vez,
mas ainda não me sinto à vontade para publicar. Ambas possuem histórias muito
fortes e junto com tudo isso vêm às crenças, por isso quero cuidar de cada
detalhe.
Agora a vida
acontece mesmo é nos bastidores, preciso conciliar toda essa explosão criativa,
com a vida diária como Educadora de Arte. Ainda bem que esse processo me
enriquece muito. Porque preciso estudar bastante para oferecer o mínimo de
conteúdo satisfatório ao mesmo tempo em que consiga prender a atenção. É um
trabalho árduo, mas que amo. E este ano vou trabalhar mais que no ano passado,
então já deu para ter uma noção né, estou pensando até em começar a escrever
também as 108 réplicas de Judith para o seu amado, talvez assim eu não paro de
escrever (brincadeira, isso é quase impossível).
9) Se você tivesse
que deixar uma mensagem para quem está lendo, qual seria?
É bem clichê, mas é
para não desistirem de si mesmos. E sempre acreditarem no amor.
Confiar no que
pulsa em seu coração, porque ele sabe o que é melhor para si.
E que por favor
nesse carnaval usem camisinha! Afinal, o Cazuza não morreu à toa, ele foi um
instrumento, para mostrar que irresponsabilidades acontecem nas melhores
famílias e um momento da sua vida muda tudo. Outro dia li que os índices de
AIDS estão aumentando novamente no país. Isso pode parecer um conselho meio bobo,
mas é isso mesmo, sou bastante prática. E como lido muito com jovens no dia a
dia, não gostaria de ver suas famílias sofrendo. Perdi um irmão, aos dezessete
anos, por acidente, e isso mudou a minha história. Se eu puder evitar o
sofrimento na vida de alguém, vou aproveitar toda e qualquer oportunidade.
Se
querem poesia, me leiam no Instagram, (..rs) na vida real eu sou assim,
elétrica, cheia de energia, mas muito responsável pelos meus atos. Um deles
inclusive vai fazer catorze anos e tem o sobrenome diferente do meu. Acho que
não preciso dizer mais nada. A gente aprende, a vida ensina, você amadurece e é
isso.
Vivam, colham memórias junto das pessoas que amam, porque não tem preço e
é só o que fica. Façam exercícios para Alzheimer para evitar um dia perder
essas memórias. Que toda a pessoa que vive uma relação tóxica, não importa se
de violência física ou mental, que repense sobre os valores que anda dando a si
mesmo. Pois não variável as relações que construímos, quando nos suga, quando
nos aprisiona, quando não nos permite respirar, é tóxica. E jamais valerá a
pena. Para cuidar de você, não é necessário maltratar o outro, só é preciso
cuidar bem de você. Da sua saúde física, mental. Não precisa machucar, o
afastar, faz tudo por si, ainda que por mero “descuido”, a quem te faz mal.
Tchau.
Até a próxima pessoal!!
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