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Mostrando postagens de maio, 2019

QUANDO VOCÊ PARTIU, EU FIQUEI

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Quando quem eu era morreu, eu sobrevivi. A porção guerreira, aquela parte de mim que se recusa a desistir, viveu. Quando você partiu, eu fiquei. Sua ida me dividiu em mil pedaços, mas aos poucos me reconstruí. Você que se foi, era eu, eram minhas crenças limitantes, pré-conceitos, julgamentos e maus pensamentos. Você que se foi, deixou espaço em mim, para que pudesse evoluir, crescer, amadurecer. Existir. A parte que morreu se transformou, virou pétala, virou pó. Passou a existir ao vento, e sob o poente se foi. A parte de mim que sobreviveu, mudou. Se abriu, expandiu e voou. Se tornou fênix sob o céu, renasceu das próprias cinzas. Em cada morte, um novo nascimento. O descobrimento de quem sou. Em cada dia um novo alento, o tempo passou, e mudou. Se quem se foi um dia fui eu ou foi você, não sei dizer, mas quem ficou foi a melhor parte de mim. Quando você partiu, eu fiquei. E assim, brotei em flor.

"ROCKETMAN" - O Filme de Elton John e por que não escrevo críticas

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Sim, o título é pomposo. Não, não será um texto longo e difícil. Afinal, para falar sobre um filme tão bom e gostoso, só um texto igualmente agradável. Tive o prazer de assistir à “Rocketman”, o filme sobre a vida de Elton Hercules John , o cantor inglês que desde a década de 60 encanta o mundo com suas melodias sensíveis, letras recheadas de sensibilidade – que descobri serem escritas por seu amigo de longa data, Bernie Taupin (papel de Jamie Bell, o eterno "Billy Eliot"), interpretações memoráveis e figurinos mais do que inusitados. Sobre Bernie, seu amigo de mais de 50 anos, com quase 400 colaborações musicais. E o fato inusitado: ele primeiro escreve as letras, e depois Elton insere a melodia. Uma inversão da ordem “natural”, considerando que sequer trabalham juntos, cada um fazendo sua parte separadamente. Isso que é parceria de sucesso, provando que não há fórmula pronta quando se trata de criatividade e amizade. Como toda cinebiografia, “Rocketman”

ENTÃO CHEGA O DIA

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Então chega o dia. O dia em que todos os dias se espelham. O dia que muda tudo. Que altera os parâmetros daqui para frente. Então chega o dia em que as dores viram cicatrizes, em que os amores viram flor. Que a vida vivida circula pelas veias não com pesar, mas com energia. Chega o dia em que entendemos todos os outros.  Passamos a viver com mais garra, paciência e fé; passamos a viver mais. Talvez não por mais tempo, afinal, tempo nunca se sabe quanto se tem, mas com mais intensidade. Com mais "momento". Perdemos tanta vida tentando descobrir "o que fazer da vida", que quando "a vida" vem, o tempo já passou. Ele não espera. E então, chega o dia que não ansiamos, aquele em que não há mais tempo para começos. Porém, como não sabemos quando será o fim, aproveitar a vida para recomeços e sim, meios, também é necessário; é vital. Então, chega o dia. Neste dia, vivemos.

MEMÓRIAS SILVESTRES DE FERRIS BUELLER

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Essa carta é para você que viu seu mundo ruir sob seus pés. É para você que fez mil planos, criou diversas expectativas, só para tê-las quebradas, uma a uma, e se ver sem chão. Esta carta é para você que idealiza situações, e o pior, pessoas. É para você que almeja ser cada dia melhor, mas no instante em que tudo não vai tão bem, se desespera. É para você que não aceita imperfeições. Esta carta é para mim. Na vida, criamos situações idealizadas. Na cabeça, passamos os mínimos detalhes a fim de que tudo saia e-xa-ta-men-te como o planejado. Então a vida acontece, e sim, muito do que planejamos ocorre, porém, os mínimos detalhes nem sempre obedecem. Não vou falar de expectativa x realidade, de se adaptar à vida, de resiliência e de dor. Tampouco falarei de superação. O que quero dizer, nestas poucas linhas que escrevo, é que planejar é bom, é necessário, mas executar é fundamental. Aquela história do “feito é melhor do que perfeito” pode também ser transpo

POR QUE PRECISAMOS DE HERÓIS?

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Nos últimos anos, as histórias de heróis cresceram exponencialmente. Saíram das HQ’s e ganharam o cinema, a televisão, a indústria de brinquedos, roupas e acessórios. O que era algo só para crianças e aficionados angariou um público muito maior, mais amplo e diversificado, chegando a bater recordes atrás de recordes. Por que será que isso ocorreu? Na minha opinião, sem nenhuma base científica, mas fundada na observação, isto se deu porque, mais do que nunca, precisamos de heróis . Eu acompanho cinema, sou louca por qualquer boa produção, e assisto aos filmes da Marvel e da DC Comics, principais nomes quando se fala em filmes de heróis. Filmes que variam em qualidade, que estão sempre se renovando e buscando trazer histórias melhores, personagens relacionáveis, e heróis, por incrível que pareça, cada dia mais humanos. Herói, traz em si a ideia de alguém insuperável. Super humano, que enfrenta os piores vilões, os maiores obstáculos, mas sai vitorioso. Porque ele é um h