QUANDO VOCÊ PARTIU, EU FIQUEI
Quando quem eu era morreu, eu sobrevivi. A porção guerreira, aquela parte de mim que se recusa a desistir, viveu. Quando você partiu, eu fiquei. Sua ida me dividiu em mil pedaços, mas aos poucos me reconstruí. Você que se foi, era eu, eram minhas crenças limitantes, pré-conceitos, julgamentos e maus pensamentos. Você que se foi, deixou espaço em mim, para que pudesse evoluir, crescer, amadurecer. Existir. A parte que morreu se transformou, virou pétala, virou pó. Passou a existir ao vento, e sob o poente se foi. A parte de mim que sobreviveu, mudou. Se abriu, expandiu e voou. Se tornou fênix sob o céu, renasceu das próprias cinzas. Em cada morte, um novo nascimento. O descobrimento de quem sou. Em cada dia um novo alento, o tempo passou, e mudou. Se quem se foi um dia fui eu ou foi você, não sei dizer, mas quem ficou foi a melhor parte de mim. Quando você partiu, eu fiquei. E assim, brotei em flor.