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Mostrando postagens de outubro, 2021

Duna (o melhor filme do ano) - sem spoilers

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  Fui à sessão com muitas expectativas. Li o livro de Frank Herbert no começo do ano – o primeiro da primeira trilogia, base para o filme de Denis Villeneuve, e me apaixonei. A história da família Atreides no planeta Duna/Arrakis é arrepiante. Mistura ação, conspiração política, ecologia/biologia, religião, fanatismo religioso, amor, lealdade, família, a disputa pela especiaria/melange e ainda minhocas do deserto (Shai-Hulud). Um livro completo e complexo, que apaixona do começo ao fim, ainda que seja longo. A adaptação de David Lynch de 1984 não me cativou. Achei bizarra demais, surrealista demais e não consegui me conectar com a história. O oposto me ocorreu com esta versão de um dos meus diretores favoritos: Denis Villeneuve. Em linhas gerais, Duna é a saga de Paul Atraides desde jovem até assumir sua posição de Duque e Messias, uma espécie de Cristo moderno, uma versão de Neo do maravilhoso Matrix. Porém, a história possui outros personagens fortes, intensos, que dão prof

O ÚLTIMO DUELO, DE RIDLEY SCOTT

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"O Último Duelo" de Ridley Scott, resgata uma história ocorrida nos idos de 1300, mas que ainda se mostra tão atual: uma moça acusa um homem - que não é seu marido, de estupro. Quais as consequências deste ato? Será ela ouvida, e se ouvida, quem irá acreditar?   O fato ocorreu na França do Século XIV, em uma reconstrução de época digna de Ridley Scott, traduzida em um filme visualmente belo. As cenas de ação são impressionantes, feitas para serem vistas em tela de cinema, com uma produção de arte, figurino e fotografia que encantam e oprimem na mesma medida.   O filme narra o fato que envolve a personagem de Jodie Comer , Margarite, casada com Jean de Carrouges, interpretado por Matt Damon , sempre ótimo, ao acusar Jacques Le Gris, de Adam Driver, de tê-la estuprado, antigo amigo de seu marido, com quem teve alguns desentendimentos. O acontecimento é  contado em três partes (capítulos), por meio de três perspectivas diversas: do  marido, do  estuprador e de Marguerite.

Poesia é a melhor autoajuda que pode existir

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Sou poeta. Então, poderia dizer que sou parcial. Porém, sou também entusiasta de que a melhor forma de autoajuda é a pergunta, e não a resposta em si. E a poesia é um oceano de indagações. Um breve passeio por uma livraria – virtual ou física, já nos inunda com diversos títulos que remetem à popular “autoajuda”. Livros que pretendem dar o caminho das pedras e indicar os melhores passos que devemos seguir para sermos melhor sucedidos, mais felizes e saudáveis. Não vou ser hipócrita e dizer que nenhum presta e que jamais os li. Inclusive porque para poder afirmar que não são tão eficientes assim eu preciso ter lido ao menos alguns deles. E eu li. Alguns gostei, outros nem tanto, mas depois de 5, 6 começamos a perceber como se assemelham, e muito, trazendo fórmulas que na verdade perpassam ao bom e velho autoconhecimento e às tentativas e erros para alcançar nossos sonhos e objetivos. Mudam as fórmulas, mas no fim,  os chamados "livros de autoajuda" procuram trazer resp