Poesia é a melhor autoajuda que pode existir
Sou poeta. Então, poderia dizer que sou parcial. Porém, sou também entusiasta de que a melhor forma de autoajuda é a pergunta, e não a resposta em si. E a poesia é um oceano de indagações.
Um breve passeio por uma livraria – virtual ou física, já nos inunda com diversos títulos que remetem à popular “autoajuda”. Livros que pretendem dar o caminho das pedras e indicar os melhores passos que devemos seguir para sermos melhor sucedidos, mais felizes e saudáveis.
Não vou
ser hipócrita e dizer que nenhum presta e que jamais os li. Inclusive
porque para poder afirmar que não são tão eficientes assim eu preciso ter lido
ao menos alguns deles.
E eu li.
Alguns gostei, outros nem tanto, mas depois de 5, 6 começamos a perceber
como se assemelham, e muito, trazendo fórmulas que na verdade perpassam ao bom
e velho autoconhecimento e às tentativas e erros para alcançar nossos sonhos e objetivos.
Mudam as fórmulas,
mas no fim, os chamados "livros de autoajuda" procuram trazer respostas, e por tal razão são tão
populares, afinal, a busca por respostas prontas é o que move a humanidade.
Todavia, ao analisá-los detidamente percebe-se que são respostas vazias e
genéricas, que nem sempre virão à nosso socorro, muitas vezes sendo apenas interessantes, mas que nada resolvem efetivamente.
Já a poesia, ela está sempre ali para nos socorrer. Para indagar, cutucar e até confortar quando necessário. Também há um mar dela. De poetas e formas, estilos e épocas. Aqui também há tentativa e erro, mas que perpassa a leitura de poetas até que se encontrem aqueles que melhor se alinham com você.
No caminho, ganha-se autoconhecimento, fortalece-se o espírito e a alma ganha um conforto.
E então,
diferentemente de um livro de autoajuda ao qual raramente se voltará, uma boa
poesia é companheira para uma vida toda.
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