A VERDADE POR TRÁS DAQUELES QUE NOS MACHUCAM
❤Do
centro da dor, só conseguimos ver dor. Quando o que sentimos é raiva, angústia,
frustração e medo, é disso que é feito nosso redor. Fechamos os olhos, e tudo o
que vemos é negro.
Então
parece que a fumaça começa a ficar menos densa, mais clara e leve. Quanto tempo
isso irá levar? Segundos, ou anos, às vezes uma vida inteira, mas acredite, uma
hora a fumaça preta ao seu redor vai diminuir. Sozinha, pode ser que nunca
suma, é por isso que precisamos ajudar a soprar o vento que irá dissipá-la.
Não
é fácil sair deste buraco negro de dor, medo, infelicidade e impotência. Sentimo-nos
acuados e sem forças para nos levantar. Porém, acredito em duas máximas às
quais recorro sempre que me sinto paralisada: (i) não somos o que acontece
conosco, mas o que fazemos com o que nos acontece e (ii) se somos nosso pior
inimigo, somos também nossa própria cura.
Imagine
que cada um de nós é um corpo composto por energia. Não estou falando de religiões
ou crenças, mas de pura energia. Ao nosso redor, essa energia interage com a
energia do mundo, das outras pessoas.
Há
pessoas que simplesmente “não vamos com a cara”, ou “temos ranço”, para usar a
palavra do momento. Isto, para mim, é energia incompatível. Com quantas pessoas
temos conexões quase que imediatas, e com outras antipatizamos por nenhum
motivo aparente? Tudo uma questão de sensibilidade energética.
Enfim,
esta energia que nos circunda pode e deve ser moldada por nós mesmos, a fim de
evitar que seja moldada por acontecimentos externos. Uma injustiça, uma traição,
uma atitude de ódio dirigida a você pode minar esta energia. Te derruba, te destroi.
Contudo,
não deixa de ser energia. Cabe a você decidir o que fazer com ela. Vai deixar
que te aniquile, ou vai usá-la como trampolim para subir mais alto ainda? Vai usá-la
como experiência, para evitar que caia novamente no buraco, ou vai fazer dela
uma cama de autopiedade?
Aqui,
acredito que somos nosso próprio inimigo, pois se nos vitimamos, nos colocamos
na posição de injustiçados do universo, seremos nós mesmos que iremos nos deixar
naquele lugar escuro, cercado de energia negra. Não fomos nós que nos colocamos
lá, mas fomos nós que nos deixamos lá.
Então,
devemos ser nossa própria cura, erguer-nos daquele abismo e renascer, desta
pequena morte de quem fomos. A dor, os momentos aparentemente insuperáveis nada
mais representam do que a morte de quem fomos, para possibilitar a construção de
quem seremos a partir de agora.
E
como fazer isso? Não tenho a fórmula mágica, infelizmente. Porém, tenho algumas
sugestões: amor, devoção ao bom e ao belo. Recupere aquilo que te faz feliz,
dance, medite, escute uma música de que goste. Procure alguém que possa lhe
auxiliar nesta jornada para fora do buraco que se abriu dentro de você. Respire
fundo, olhe para o céu, o mar, as árvores. Conecte-se com você.
O
mais importante de tudo, faça o primeiro movimento em busca da cura. Quando menos
esperar, o buraco de dor será apenas uma memória, um obstáculo na estrada de
sua vida. Não deixe que um buraco se torne todo o seu caminho.
A
verdade é que quem nos machuca às vezes o faz de propósito, às vezes não. Às vezes
acaba machucando a si próprio, às vezes sequer percebe que o fez. Faz por pura
maldade, ou acidentalmente. Não importa. O que importa é como você vai reagir a
isso. Que seja da melhor maneira possível, aquela que cure sua alma, um
pedacinho de cada vez, tornando sua jornada pela vida mais colorida e feliz.❤
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