UNIVERSOS PÓS-APOCALÍPTICOS E NOSSAS ESCOLHAS COMO HUMANIDADE


❤Eu sei, o título ficou pomposo. Porém, não se deixe enganar: é um assunto complexo, mas a análise será leve e divertida, prometo. Prometo também dar boas dicas de literatura, séries e filmes.

Eu adoro esse tema. Universos pós-apocalípticos. Em outras palavras, um futuro não tão distante em que houve, normalmente, uma guerra, que destruiu a humanidade e o mundo como hoje conhecemos, e colocou os últimos sobreviventes da raça humana em situações difíceis de sobrevivência. É um tema riquíssimo e várias são as produções que o exploram.

Isto porque ele é perfeito para fazer questionamentos existenciais, bem como para nos colocar na posição dos personagens, fazendo-nos refletir: “o que eu faria nesta situação?”.

Situações extremas são apresentadas para que pensemos em nossas vidas, e quem sabe possamos melhorá-la de alguma forma.

Quase sempre se trata de ficção científica, ao menos o mundo em a história ocorre. Os questionamentos, no entanto, são sempre atuais e relevantes.

Podemos citar como exemplo o incrível Matrix”, com análise já feita por esta que vos escreve, assim como “Ex-Machina”, o qual traz o assunto da inteligência artificial para o campo das relações afetivas, na mesma linha do doce “Ela”, ambos deixando um gosto agridoce na boca. Ainda, temos o interessantíssimo filme “12 Macacos”, em uma atuação inspirada de Bruce Willis e Brad Pitt, fazendo-nos repensar para onde queremos ir como humanidade.

Na literatura, muitos são os destaques, inclusive, ressalto, livros de universos pós-apocalípticos normalmente são difíceis de digerir. Na maioria das vezes não terminam bem. Dentre os meus preferidos estão “Admirável Mundo Novo”, uma viagem para o (des) conhecido do mundo e da gente mesmo, e “O Conto da Aia”, também aqui resenhada. Destaque para o clássico “Fahrenheit 451”, o qual narra a jornada de Montag, um bombeiro em um mundo em que os livros passaram a ser proibidos e queimados!

No mundo das séries, gosto das intensas, como “The Walking Dead” (tirando de lado as várias discussões sobre a montanha russa que são as temporadas, ora incríveis, ora medianas), “The 100”, a qual apesar de focar em jovens, traz discussões bem adultas, assim como a brasileira “3%” (com resenha em breve), que joga os questionamentos de uma forma bem forte.

Porém, o que todas essas produções têm em comum?

O fato de colocarem os personagens em situações impossíveis, a fim de decidirem seus futuros e dos demais. Escolhas de vida ou morte, honra, coragem, medo, amizade, companheirismo, conformismo e confronto. Tudo o que faz uma boa história, e também nos transforma como seres humanos.

Esses universos pós-apocalípticos são normalmente encontrados nas chamadas "distopias", que são o oposto das "utopias", ou seja, universos desenhados para melhorar a humanidade, mas que só a pioraram, e muito.

Nossos protagonistas são instados por uma força maior (às vezes a morte de alguém próximo, uma doença, ou o simples inconformismo com a realidade que os cerca) a irem contra o sistema e buscarem reequilibrar a justiça, e a própria humanidade. Além, é claro, de serem excelentes obras de entretenimento.

Ao final de cada livro, cada filme ou série que assisto sobre o tema, sempre me questiono: até onde eu iria se não tivesse nada a perder? Agiria conforme meus valores, meu coração e convicções?

Quando tudo é tirado de você, o que permanece?

Questões essas nem um pouco simples, inatas à condição humana, podem ser respondidas por meio dessas obras, ou não. Todavia, com certeza são apresentadas de uma forma irresistível.❤

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