AS CORES DO CORAÇÃO URGEM

fevereiro 11, 2019
Afogo-me em palavras. Elas querem sair. Querem ganhar o mundo, as páginas, o ar.

Elas borbulham e então voam. Querem cantar e encantar, querem sair por aí dando voltas. Há muito a ser dito. O peito esquenta, a cabeça gira e as palavras brotam.

Nascem no fundo do peito e saem em busca de novos lares.

Porque falar é preciso. Escrever, vital. Dizer o que se pretende, o que não se pode viver sem, necessário para a sobrevivência.

Quando se fala, se sublima, se organiza o caos. Escrever cura, salva, renova. Escrever dá sentido ao que não tem, traz claridade a uma confusão de sentimentos, pensamentos e emoções.

Para alguns, é pintar, desenhar, cantar, dançar, jogar. Há sempre uma forma de colocar para fora aquilo que quer sair. Aquela inquietude, aquela bagunça emocional, aquele caos de cores e dores que todos temos.

Acima de tudo, é necessário. 

É necessário libertar. O peito é uma gaiola. É preciso deixar o passarinho voar. É preciso deixar. É preciso. 

Afinal, as cores do coração urgem.


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