007 SEM TEMPO PARA MORRER, Vale a Pena?

setembro 29, 2021

Vilões caricatos, muita ação, locações belíssimas e mulheres sensuais. A fórmula ideal para um filme de James Bond.

Nesse 25º Filme da Franquia, 5º Filme de Daniel Craig no papel, quase 60 anos de história, culmina em uma obra cheia de tudo o que faz de "007" memorável.




A história começa mais ou menos de onde parou o filme antecessor, "007 contra Spectre", com Bond e Madeleine, personagem de Léa Seydoux, numa Itália paradisíaca. Não demora muito para o perigo encontrá-lo, assim como a descrença e a desconfiança.

Léa Seydoux está deslumbrante no papel, trazendo à tona todas as facetas da personagem que servem como força motriz das ações do protagonista, aliando um pouco de doçura e força à história.

O filme efetivamente começa não antes dos créditos iniciais clássicos, com uma música de tirar o fôlego e imagens que só farão sentido ao final. Quanto à música tema, Billie Eilish a interpreta belamente, enquanto a trilha sonora do filme é conduzida com maestria por um inspirado Hans Zimmer.

Dentre idas e vindas, somos apresentados a novos personagens, como a Paloma de Ana de Armas, em uma breve, mas marcante participação, a agente Nomi de Lashana Linch, em um papel que ainda tem muito a mostrar dentro da franquia, e a velhos amigos, interpretados por Naomi Harris (Moneypenny), Ralph Finnes (M), Ben Wishaw (Q), Jeffrey Wright (Felix Leiter) e Rory Kinnear (Bil Tanner).

O filme conta com o retorno de Christoph Waltz como Blofed e traz Remi Malek como o vilão Safin.

Apesar de caricato e com uma motivação megalomaníaca, como praticamente todos os vilões da franquia até então, Rami faz bem o papel. Felizmente seu tempo de tela é reduzido, cumprindo seu papel nos momentos em que contracena com Craig. Este, por sua vez, domina o filme. Aparece em quase todas as cenas, o que provavelmente explica seu cansaço e relutância em fazer novos filmes do agente.





O filme tem um tempo razoável, cerca de 2h40, porém que são preenchidas com muita adrenalina, perseguições e locações belíssimas. O tempo voa até um final que se pretende conclusivo, levemente melancólico e até cliché. Não vai agradar todo mundo, mas faz sentido como conclusão de uma saga de mais de 15 anos, com a despedida de Craig de uma história que vem aos poucos sendo alterada, sem perder sua essência.

Ao final, ficamos com a sensação de dever cumprido, de ter sido transportados para o mundo de James Bond e trazidos de volta são e salvos, ansiosos pela próxima aventura. 

Daniel Craig não segue no papel, mas Bond, James Bond, esse é eterno.




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