“I Wanna Dance With Somebody – A história de Whitney Houston"

 

A Voz que marcou gerações.


Whitney Houston segue sendo uma das mais premiadas cantoras de todos os tempos, batendo recordes de hits que não saíam do primeiro lugar. Passou dos Beatles. Passou de Michael Jackson.


Whitney era uma força que movia mundos através de sua voz poderosa. Não tem como ouvi-la sem se emocionar.


Sua morte trágica – envolvendo drogas, um afogamento, e anos de abuso da substância que lhe tirou a vida, não pode eclipsar a grandeza de seu talento.


É aqui que o filme “I Wanna Dance With Somebody – A história de Whitney Houston” acerta.


O título referencia uma de suas músicas mais marcantes. Aliás, são muitas, e quem teve o prazer de estar vivo na mesma época que a diva deve reconhecer vários de seus hits – eu ainda tenho alguns CDs em casa.




Indo do suave ao estrondoso em segundos, a artista era linda e deixava sua marca por onde passava. No cinema, fez algumas obras, com destaque para o maravilhoso “O Guarda-Costas” que ainda hoje é um filme marcante e muito bonito. Kevin Costner como o personagem título faz o par ideal.


A música principal do filme, “I Will Always Love You” foi sugerida pelo próprio ator, um sucesso escrito e composto pela também diva Dolly Parton, que escreveu muitas músicas de sucesso interpretadas por outros cantores.


Com Whitney, a música atingiu novos patamares, sendo um dos singles mais ouvidos até a presente data.


O filme traz tudo isso ao contar a história da cantora, seus altos e baixos com as drogas, as brigas com seu pai – que no interesse de “gerir sua carreira” gastou todo seu dinheiro, e seu conturbado casamento com Bobby Brown. Destaca também seu relacionamento com Robyn Crawford, amiga e amante que se tornou sua agente criativa e por muitos anos esteve ao seu lado.


Apesar de uma dura e controversa vida, como na maioria das vezes vislumbramos em grandes divas, cuja intensidade leva ao fim precoce, o filme, produzido por Clave Davis, seu produtor a vida toda – e de outras grandes celebridades, enaltece sua música.


Uma mistura de “Bohemian Rapsody” e “Rocketman” no melhor sentido. O filme é um show musical – cuja voz é dela mesma, afinal, não há como simula-la.


Sua representação física, no entanto, fica a cargo da atriz inglesa Naomi Ackie que se transforma em Whitney lindamente, trazendo à tela todas as nuances que uma mulher tão incrível quanto ela merece ter retratada. A briga interna para dar conta do mundo, como cantora, empresária, esposa, amiga, filha e mãe (sua filha, vítima da mesma tragédia poucos anos após a morte da mãe).


O elenco todo embarca na jornada de sua vida, incluindo Clive Davis, interpretado por um sempre inspirado Stanley Tucci, que foi crucial em toda sua jornada.




Emocionei-me em várias partes e em certo momento esqueci onde estava de tão imersa na história. Era eu também parte daquele inebriante mundo musical.


Este é o poder dos filmes e do cinema, afinal, assistir Whitney em uma telona, não tem comparação. Um bom filme tem o poder de transformar vidas, e aqui, de retratá-la para que nunca esqueçamos a força da natureza que foi essa mulher.


Um brinde à Whitney. E que sua voz continue ressoando por muitos e muitos anos.

 


O filme entra em cartaz dia 12.01, em cinemas de todo Brasil.

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